Elzi Lopes, mamãe de 3:
“Meu nome é Elzi Nogueira Lopes, tenho 43 anos e sou mãe de trigêmeos. A rotina com eles pela manhã durante a semana é bem tensa. No entanto, quando eles estão na escola, tenho um tempo legal para colocar as coisas em ordem.”
“O dia começa agitado, mas é gostoso. Eles acordam e já dão bom dia, com dois anos e meio. São carinhosos, se beijam, tomam café da manhã e brincam entre si. Quando um não acorda, o outro quer acordar o irmão. É uma bagunça gostosa.”
“Meu marido e eu também preparamos nosso café da manhã, enquanto o deles já está praticamente pronto. No meio disso tudo, eu me organizo para brincar, trocar fraldas e arrumar as lancheiras. Programo um horário para sair com eles e, às vezes, chegamos atrasados, pois nem sempre é possível cumprir tudo exatamente.”
“Quando estão doentes, a rotina se complica. Preciso fazer inalação e administrar medicamentos, então anoto tudo em um caderno que mantenho desde o nascimento deles. É importante não esquecer de nenhum detalhe e lembrar de cada um, como o que comeram e a frequência das trocas de fraldas. Talvez eu pare de anotar quando eles completarem três anos e meio, pois estarão falando melhor e será mais fácil entender o que aconteceu.”
“Exceto pelos momentos de doença, às vezes peço ajuda à minha sogra, que mora mais perto, mas, no geral, eu e meu marido conseguimos lidar com a situação tranquilamente. Apenas precisamos seguir a rotina de anotações para não esquecer nada. Acredito que tudo dá certo. Já estava mais calma quando descobri a gravidez aos 40 anos. Sou uma pessoa paciente e a maternidade trouxe ainda mais paciência para mim. Mesmo que não a tenha em grande quantidade, ela surge, especialmente quando se trata de lidar com três filhos ao mesmo tempo.”
“Eles têm uma grande afinidade um com o outro. Tenho vários vídeos deles brincando e adoro vê-los demonstrando carinho. Quando brigam por brinquedos, converso com eles e trabalho o diálogo e a paciência. Explico que são irmãos e que precisam se entender. Eles cresceram juntos, mas cada um é um indivíduo. Atualmente, com dois anos e meio, às vezes, Arthur e Igor, que são os idênticos, se confundem nas fotos. O Arthur diz que é o Igor e vice-versa. Preciso explicar que cada um é quem é. Estou ensinando a eles. Se não pararmos para ensinar, ou aprenderão tarde ou aprenderão, mas a paciência é necessária para ensinar.”
Texto extraído e adaptado da conversa com Elzi Lopes para o Ninho das Mães.